A CURA ATRAVÉS DA FÉ

É comum as pessoas se apegarem a crenças religiosas quando se encontram em momentos difíceis em suas vidas. A busca pelo entendimento cansa e a fé torna-se a única maneira plausível de superar tal situação. Segundo uma pesquisa feita pelo Instituto Dante Pazzanese de São Paulo, a prática regular de atividades religiosas pode reduzir o risco de morte em 30%. Isso acontece porque seguir uma religião melhora o bem-estar psicológico, diminuindo os pensamentos negativos, o consumo de álcool e drogas e incentivando hábitos saudáveis.

Uma série de estudos surgiu em torno da ayahuasca como forma de tratamento para doenças como depressão na última década. O Santo Daime é uma doutrina que tem uma visão de cura muito presente em seus ensinamentos. Nos hinários, frases como “A cura vem para quem merecer” são comuns e os adeptos a religião afirmam que a cura não chega de uma hora para outra.

A Igreja Céu Sagrado, oferece tratamentos alternativos com o uso da ayahuasca e a prática do kambô, para tratar de pacientes que procuram a cura de dependências químicas, alcoolismo, vícios e problemas de saúde no geral.

É preciso entender os ensinamentos do chá ayahuasca para poder se encontrar. “Aos poucos foi me libertando e muitas coisas foram clareando. Eu nunca mais fui a mesma pessoa desde o primeiro ritual”, afirma Gisele Ferrari, que hoje toma o Daime somente uma vez por ano. “Só para tirar aquele peso nas costas quando tenho”.

Cristina Profetto saiu da Argentina no ano de 1989 rumo à Amazônia para se curar de um câncer entre o útero e o ovário através do Santo Daime. “Fiz de mim um laboratório de cura. Estava com 33 anos e 33 quilos. Do meu peito saia sangue e eu menstruava vinte dias direto… Quase sem cabelos, não por quimioterapia, porque nunca usei, mas por fraqueza”, relata. A proposta de cura veio de um amigo que tinha acabado de chegar da Índia. A viagem até a Amazônia levou 40 dias. “Foi realmente uma grande aventura, pena que pouco podia curtir por causa da enfermidade, mesmo assim nunca esqueci tantas maravilhas que pude apreciar”, relembra.

FB_IMG_1508843063911

Depois de muito caminhar ela chegou na colônia Cinco Mil, no estado do Acre. Eles carregaram, durante a viagem, mochilas pesadas com sal em pedra e até uma vassoura para limpar as calçadas de onde dormiram. Segundo Cristina, na chegada a emoção foi tanta que desmaiou e seu esposo teve que carregá-la para dentro da colônia, onde foi apresentada ao Padrinho Wilson Carneiro, que havia recebido direto do Mestre a zeladoria e chefia dos trabalhos de cura. “Então cai direto no Daime. Tomei muito, um copo cheio, me transportei e fui parar em um jardim, ali minha mãe soberana me balançou e estava cheia de rosas… Tive todas as mirações possíveis. Perdi o medo, mas o tumor não saia do lugar”, conta.

De acordo com Cristina, depois de muitos trabalhos, o povo não acreditava que ela iria conseguir sobreviver ao tratamento. “Em um desses trabalhos de cura recebi minha operação em plano espiritual e fui curada. Escutei uma voz no meu ouvido dizendo para que eu prestasse atenção nos hinos que estavam sendo cantados na sala, mas me senti como se estivesse em uma cama de hospital. Logo senti como se prendessem meus braços e pernas, olhei em volta e estava em um salão azul, moderno e lindo. Vi uma equipe de pessoas altas e vestidas de branco e no mesmo momento senti como se fosse um bisturi arrancando o tumor, como se fosse uma extração de dentes. Ao lado direito vi uma asa branca e dourada de uma águia… E assim foi…”, explica Cristina. “Depois desse dia nunca mais tive nenhuma manifestação do câncer”, afirma aliviada.

A procura pela cura acontece até mesmo para os animais. Como é o caso do animal de estimação do cineasta e professor Marcelo Marques. “Meu gato tinha suspeita de um linfoma. Para fazer exame era caro e minha namorada é veterinária, então ela preferiu fazer um tratamento alternativo”, conta Marcelo. “Ela fez tratamento com cromoterapia, o gato estava bem abatido e só ficava deitado o dia inteiro, sem força, no corredor da morte”, relembra. “Juntamente com a cromoterapia, nós demos a ayahuasca na forma de floral pra ele em um conta-gotas. Eram, em média, oito gotas de ayahuasca por dia durante duas semanas e ele foi melhorando até ficar ótimo!”.received_1675953659095712

Marcelo afirma que ele e a namorada não fizeram nenhum exame para confirmar se realmente o animal sofria com um linfoma e se foi efetivamente curado, mas desde então o animal está saudável e feliz.

A CLÍNICA DE TRATAMENTO

Em Sorocaba, funciona a clínica de tratamento do Céu Sagrado. Ela foi criada na mesma época que a igreja, mas em espaços diferentes. O atendimento é feito duas vezes por semana, não é tolerado atraso e tem a autorização da vigilância sanitária. “Nós começamos no horário, se você perceber que vai atrasar, nem venha, senão vai perder a viagem”, disse Luciano Dini, Presidente do Céu Sagrado e Coordenador da clínica, para um paciente que viria de Minas Gerais e estava ao telefone tirando dúvidas sobre o tratamento.

Os tratamentos são oferecidos gratuitamente. E mesmo sem divulgação em qualquer meio de comunicação ou até mesmo fachada na entrada do local, a procura pela libertação dos problemas faz com que a clínica atenda em torno de sete pessoas por dia. “Tem pessoas que chegam aqui e estão há 10 anos nas drogas e com uma dose de Daime saem curadas. De 5 pessoas que tomam o Daime aqui, quatro se curam. Aquela uma pessoa que não se curou é porque veio com pouca fé”, conta Luciano Dini.

Para identificar qual o problema o paciente apresenta, é feita uma orientação por um dos voluntários, que dura em torno de 15 minutos. “Na primeira conversa a gente já consegue sentir se aquela pessoa quer mesmo mudar ou não”, confessa Júlio Cezar Andrade do Nascimento, autorizado a aplicar o kambô e voluntário na clínica há 5 anos. O tratamento atende duas pessoas por vez, para facilitar a concentração e deixar o paciente seguro, pois muitos nunca tiveram nenhum contato com esse tipo de terapia antes.

ESTUDOS ENVOLVENDO A AYAHUASCA

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão. A doença que atinge 11,5 milhões da população brasileira é considerada o mal do século XXI, pois o número de pessoas diagnosticadas com graus de depressão aumenta todos os dias e segundo uma pesquisa da IMS Health, a venda de antidepressivos cresceu 18,2% no Brasil em 2016. Dentro dessa porcentagem, as mulheres são as que mais sofrem com a depressão. No caso de uma paciente que não quis se identificar, a depressão se apresentou depois do parto de uma gravidez planejada e desejada. “Foram dois anos de muitas medicações e recaídas, crises de pânico, ansiedade e depressão… Até conhecer o Daime na igreja”, conta. “Foi um trabalho sofrido, teve choro, limpeza, uma sensação de quase morte, cansaço físico e mental e finalmente o alívio. Coincidência ou não, depois daquele dia não mais tomei medicação e nem precisei”, relata.

Um estudo sobre os efeitos da ayahuasca em pacientes com depressão foi iniciado em 2007, com coordenação de Draulio Barros de Araújo, professor titular do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e continua em andamento. Segundo Draulio, os efeitos foram significativos. “A gente observou que dias depois da experiência com a ayahuasca já existe um efeito significativo de redução dos sintomas de depressão e esses sintomas permanecem reduzidos por 7 dias”, relata. A segunda fase desse mesmo estudo teve início em 2010 e serviu para comparar os efeitos da ayahuasca com os efeitos do placebo, que não tem nenhuma propriedade farmacológica, nos pacientes com depressão. “O placebo também demonstrou uma redução dos sintomas de depressão, mas a redução que foi proporcionada pela ayahuasca foi maior”, explica o professor.

Em 2015, outro estudo avaliou os efeitos da ayahuasca em pacientes com quadro de depressão. O trabalho foi noticiado na prestigiada revista Nature. Os pesquisadores Flávia de Lima Osório, docente do departamento de neurociências e ciências do comportamento da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, e Rafael Guimarães dos Santos, pós doutorando no mesmo departamento, dizem que os resultados obtidos até agora são positivos. “As pessoas que participaram do estudo tiveram uma redução temporária em seus sintomas de depressão, mas o fato de ter sido apenas uma melhora temporária mostra que devemos seguir pesquisando”, afirma Rafael que está planejando um estudo sobre os efeitos da ayahuasca em pacientes alcoólatras. Mesmo com efeitos positivos, Rafael e Flávia afirmam que a ayahuasca não cura a depressão. “O que observamos foi apenas a redução dos sintomas de depressão por 2-3 semanas após a ingestão de uma dose de ayahuasca. Os sintomas retornaram após este tempo”, explicam.

Mesmo sem um estudo comprovando os benefícios da ayahuasca para pessoas alcoólatras, muitos dependentes do álcool afirmam ter se curado do vício depois de ter tomado o chá ayahuasca ou ter entrado para a religião do Santo Daime. “Eu bebia todos os dias. Mas graças ao padrinho Luciano e ao Santo Daime eu me libertei desse mal. Tomei o Daime na clínica de tratamento do Céu Sagrado e depois daquele dia nunca mais bebi”, conta Silvano Vital.

O SAPO QUE TROUXE A CURA

O kambô, ou simplesmente vacina do sapo, é um método da medicina indígena, que utiliza a secreção de uma perereca em seu ritual de cura. Encontrada em países com áreas amazônicas, como o Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru e Venezuela, a perereca de cor verde brilhante é colocada como responsável por curar dores de cabeça, cansaço e até câncer.

Segundo uma lenda da tribo Kaxinawá, há milhares de anos os índios da aldeia estavam muito doentes, então o pajé Kampu entrou na floresta e disse que só sairia de lá com a cura para o seu povo. Sob o efeito da ayahuasca, ele recebeu a visita do grande Deus que segurava nas mãos uma rã e ensinou o que Kampu deveria fazer para salvar a sua tribo. O pajé então voltou para sua tribo e aplicou o veneno em seu povo. Todos foram salvos. Os índios acreditam que o kambô é uma maneira de se conectar com a natureza. Através dele, os chacras se abrem e fazem a energia do corpo circular normalmente, fazendo com que as dores e os males desapareçam.

Para retirar o veneno, os índios amarram as quatro patas da perereca e a esticam entre duas estacas de madeiras para que ela fique imóvel durante a retirada. O Pajé raspa levemente as costas da perereca para retirar a secreção e em seguida os índios a devolvem para a mata. O veneno é colocado em uma palheta de madeira, onde ele ficará cristalizado depois de algumas horas. Por conta desse efeito, pode durar muitos anos. As placas são encaminhadas para diversas clínicas do Brasil todo, entre elas a clínica do Céu Sagrado.
Antes da aplicação, a secreção é umidificada com água natural para poder voltar ao seu estado pastoso e então são moldadas bolinhas com o veneno, que em seguida serão aplicadas nos pacientes através de queimaduras feitas com um pequeno cipó na pele. Assim, o veneno entra na corrente sanguínea de forma instantânea e o processo tem a duração média de 20 minutos.

As pesquisas para descobrir as propriedades farmacológicas presentes no kambô continuam. Segundo Sandro Dini, sobrinho do Padrinho Luciano, médico gastroenterologista e pesquisador do kambô, pessoas que sofrem de doenças como a depressão, ansiedade, transtornos compulsivos, enxaquecas e também sedentarismo e obesidade podem se beneficiar. “Sabemos que o kambô, além de tudo, é excelente para todas essas condições, o que vêm tornando seu uso cada vez mais frequente e popular, com ótimos resultados e retorno imediato às atividades do cotidiano”, afirma.
Pesquisadores encontraram na secreção do kambô propriedades antimicrobianas, com potencial para o combate das superbactérias, as bactérias que resistem a antibióticos, além de substâncias que estimulam a cicatrização de feridas e outras que funcionam como analgésicos considerados 40 vezes mais potentes que endorfinas.

“Tinha enxaqueca pelo menos duas, três vezes no ano, eu chegava a desmaiar, algumas horas a minha vista sumia. Fui no médico diversas vezes e ele não sabia o que era, me passava um remédio, mas só parava a dor na hora. Depois da primeira vez que eu apliquei o kambô eu fiquei dois anos sem ter uma dor de cabeça”, relatou Cristiano Borges da Silva Júnior, que já aplicou o kambô três vezes nos últimos três anos.

Os índios acreditam que o kambô tira o cansaço e com isso se tornam mais valentes e fortes. Para os urbanos existem variações de quantidade do veneno aplicado quando comparado com os índios, mas os motivos da procura são parecidos.

“Procurei porque me falaram que fortalecia a imunidade e tirava o cansaço. Bem o que estava precisando”, conta Esthefani Oliveira, frequentadora da igreja Céu da Nova Vida há 2 anos.

No ano de 2004 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, proibiu a venda e a publicidade sobre o kambô. A agência alega que ainda não existe comprovação científica que garanta qualidade, segurança e eficácia da substância encontrada na perereca. “O fato de ser gratuito nos protege, se estivéssemos lucrando com isso, iriam cair em cima da gente”, explica Júlio.

A proibição se deu por denúncias feitas pelos índios alegando que pessoas, de centros urbanos, estavam utilizando tribos próximas para aprender como fazer a aplicação do kambô e comercializando as paletas de madeira que continham a secreção. Devido à isso, em junho de 2005 os índios Katukina acusaram que aplicadores de kambô residentes em Cruzeiro do Sul (AC) estariam usando o sapo-cururu no lugar do kambô, o que seria muito perigoso.

Desde então, todas as denúncias sobre biopirataria são avaliadas pela Polícia Federal do Acre e, para ajudar no reconhecimento da vacina, a Empresa Brasileira de Pesquisas e Agropecuária (Embrapa) criou um método de reconhecimento através de estudos para facilitar esse processo.

É possível encontrar milhares de relatos de pessoas que se curaram de diversas doenças depois de aplicarem o kambô. Existem, inclusive, pessoas que estacionaram câncer, Aids e tendinite crônica, como é o caso de uma personagem que não quis se identificar. “Para tendinite tomei 3 doses, 1 por semana. Foi tirar com a mão”, conta.

Mesmo concordando com o poder de cura instituído pelo kambô, Sandro Dini acredita que o acompanhamento médico deve ser contínuo em alguns casos. “Pessoalmente não acredito no imediatismo da cura física de doenças graves e reconhecidamente incuráveis como enfisemas, cirroses, cânceres em estágio avançado etc. Quem disser que cura, está sendo imprudente. Todos os pacientes submetidos a quaisquer tratamentos médicos não convencionais devem permanecer sobre estrito acompanhamento de um médico ou outro profissional da saúde habilitado para o caso”, afirma.

Reportagem produzida para o Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, disponível em http://www.adoutrinadafloresta.com.br 

Após 17 anos de discussões; USP implantará sistema de cotas a partir de 2018

O sistema de cotas foi implantado no Brasil em meados dos anos 2000, a primeira universidade a adotar o sistema foi a UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), por meio de uma lei estadual que estabelecia que 50% das vagas do vestibular fossem destinadas para alunos egressos de escolas públicas cariocas. Dezessete anos depois, o assunto ainda fermenta discussão.
Segundo a Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2004, 16,7% dos alunos matriculados em universidades pelo país eram pardos ou negros. Em 2014, esse percentual aumentou para 45,5%. Mesmo com esse avanço, os brancos se encontram como maioria definitiva no cenário universitário.
Após muitos anos de debates, manifestações e até a criação de um movimento dentro da Universidade de São Paulo (USP) – POR QUE A USP NÃO TEM COTAS – no dia 04 de julho de 2017 o Conselho Universitário da USP aprovou a instituição de cotas sociais e raciais a partir do vestibular de 2018. Desse modo, 37% das vagas serão destinadas a alunos que estudaram em escolas públicas e divididas entre negros, pardos e índios. “Fizemos a USP dar o primeiro passo! Mas precisamos continuar pressionando para chegar a 50% de cotas, 25% sociais e 25% étnico raciais, e assim democratizar de verdade uma das principais universidades do Brasil” Texto retirado da petição do movimento minha sampa para conseguir assinaturas para implantar e aumentar o sistema de cotas dentro da Universidade de São Paulo.
O Brasil ainda está na vanguarda quando o assunto são as cotas, isso é um fato. Mas não era para se estranhar vindo de um dos últimos países a abolir a escravidão. O racismo velado ainda assombra a maioria dos brasileiros que pela falta de oportunidade, precisa sair da escola muito cedo para ajudar a complementar a renda dentro de casa. O sistema de cotas é de extrema importância dentro desse Brasil, aonde 55% da população é negra e menos da metade desse grupo possui um diploma de conclusão do ensino médio, quem dirá de nível superior. Para que esse cenário seja revertido de maneira positiva é preciso, antes de mais nada, que essa situação seja vista como um problema que afetará a todos, pois só assim conseguiremos encontrar soluções.

Comerciantes da Zona Oeste de Sorocaba apostam no Dia dos Namorados para aumentar as vendas

Pesquisa feita pela CNC aponta crescimento de 5,3% nas condições de investimento no comércio.

Considerada uma das três datas principais para o comércio brasileiro, o dia dos namorados aumenta a expectativa dos comerciantes, que enxergam a data como uma oportunidade de aumentar as vendas.
Entretanto, é preciso preparação das lojas para receber todos os tipos de namorados que estarão em busca do presente ideal. “O dia dos namorados é uma data muito especial pra nós, a expectativa é que seja melhor do que ano passado” afirma representante da loja de marca própria Cosmic Love, que em junho completará 5 anos de funcionamento.
De acordo com dados obtidos de uma pesquisa feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, as condições de investimentos do comércio do ano de 2016 para 2017 cresceu 5,3%. “Em 10 dias corremos atrás dos móveis, araras e roupas para fazer a inauguração. Até hoje a loja vem se pagando e a cada mês conquistamos mais clientes” Conta Jéssica Xavier, sócia proprietária da Dutti
Boutique, mostrando que ainda é possível crescer dentro desse cenário.
O saque das contas inativas do FGTS, teve grande participação no aumento das vendas nos comércios de bairros desde o começo do ano. Outro fator que ajuda no crescimento dos números a favor dos comerciantes, são as datas comemorativas.
As lojas virtuais também se tornaram uma opção de presente muito procurada e foi nessa plataforma que a Raira, sócia proprietária da Joia Raira, apostou para criar o seu comércio de bijouterias. “Desde o início nós optamos em ser online. Nós já cogitamos a ideia de criar uma loja física, mas por conta da crise não dá” explica Raira. Por ser um tipo de mercadoria que interessa mais o publico feminino, a
porcentagem de seguidores do sexo masculino não é muito grande, por isso a estratégia de vendas nessa data é melhor trabalhada. “Nesse dia dos namorados, nós vamos fazer sorteio pelas redes sociais e Bazar. Normalmente as meninas vem com os namorados, isso facilita muito na compra dos presentes” Afirma.
O segredo para conseguir um presente bom e com a cara do seu amor é não deixar para ultima hora e pesquisar nas lojas do seu bairro pode ser uma ótima opção para você e para o seu bolso.

Do Brasil a Salto

A maioria dos estudantes da FCAD moram na região de Salto e viajam todos os dias para assistir às aulas. Alguns escolheram vans e ônibus, outros dividem as despesas do carro com os amigos pra economizar no bolso e no relógio. A estudante Letícia Rodrigues do Curso de Jornalismo, passa por duas vans na volta pra casa. O estudante Leonardo Zamignani, também estudante de Jornalismo optou por dividir as despesas do carro com a sua namorada que também estuda no Campus V.

Mas se você não estiver afim de passar por essa correria  todos os dias, as repúblicas podem ser uma opção!

Em volta do Campus V e por toda a cidade de Salto, vários estudantes do Ceunsp dividem quartos, salas e banheiros para ficar mais perto da Faculdade. A maioria deles vieram de cidades que não fazem parte da nossa região e até mesmo do nosso Estado, que é o caso da Nina Hiraoka e do Gabriel Herdy, ambos estudantes do curso de Cinema da FCAD.

“Eu vinha preparando meus país pra ideia de me mudar fazia um tempo já. Não foi uma novidade tão grande, eles já tinham uma noção que pra eu ter vantagens no meu mercado de trabalho eu teria que ir até ele.” Nina saiu da casa dos pais no Belém do Pará e se mudou pra Salto em 2014.

“Meus pais estavam tranquilos e preocupados ao mesmo tempo, mas eles sabiam que eu estava considerando faculdades fora do Estado. Porém, o resto da minha família ficou bem alvoroçada, falavam que eu não ia saber fazer o almoço e coisas do tipo!” Contou o Carioca Gabriel que trocou o Rio de Janeiro por Salto também em 2014.

O curso de cinema do Ceunsp é nota 5 de 5 no Mec e isso é um dos fatores que mais influenciaram nas escolhas dos dois universitários, sem contar os diversos prêmios como Intercom e Expocom que a Faculdade de Comunicação, Artes e Design vem colecionando.

“Encontrei o Ceunsp meio que por acaso em um comentário de uma sessão de discussão sobre faculdades de audiovisual no Brasil. Era um nome que eu não conhecia e a pessoa do comentário elogiava muito a faculdade. O que mais me chamou atenção era o quão pratica a faculdade era desde o primeiro ano e quão acessíveis eram os preços!” Contou Nina que desde o primeiro clique no site do Ceunsp se declarou encantada pela FCAD e sua preocupação com a formação dos alunos desde o primeiro semestre.

O Gabriel conheceu a FCAD pelo site do Ceunsp e pra ele também foi paixão à primeira vista e não teve dúvidas na hora de trocar biscoito por bolacha! “É o meu segundo ano e tem sido uma experiência muito intensa, porque tudo o que eu conhecia está a 500km de distância. A faculdade tem se mostrado muito boa e eu diria que está sendo uma ótima experiência!”

A FCAD é a faculdade de comunicação mais premiada do interior de São Paulo e aqui os alunos começam suas produções desde o primeiro semestre, fora os contatos e parcerias que formam entre eles. “Estou sempre trabalhando em projetos simultâneos, o que me faz perder algumas noites de sono e alguns fios de cabelo, mas era exatamente a intenção que eu tinha quando arrumei as malas pra sair de casa.” Desabafou Nina sobre os projetos e a correria da futura cineasta.

A FCAD está de braços e coração aberto pra todos os futuros comunicadores que por ali passarem. E pra ajudá-los a se encantar como eles se encantaram o Gabriel deixou um recado “Como a faculdade é totalmente voltada pra comunicação, as matérias são diferenciadas e também temos as AECA’s (agências experimentais de comunicação e arte) que já ajuda a criar experiência dentro da própria faculdade. E sem contar que o Campus é muito bonito!”

O sucesso do jogo Pokemon-GO instiga o questionamento sobre alienação e interação social

O jogo, recorde de downloads no Brasil, fez os jovens iniciarem suas caçadas pelas ruas, o que dividiu opiniões sobre interação social e segurança

 

Lançado no Brasil em Agosto, o jogo Pokemon GO conquistou o público de imediato e virou febre em todo o país.  O jogo possibilita que o jogador capture monstrinhos, que são famosos desde a década de 90 com o desenho japonês Pokemon. A interação do jogo com a realidade é um diferencial que fez com que o jogo fosse recorde de downloads.

Para embarcar nessa jornada, é preciso sair com o celular de casa. O que pra muitas pessoas é um perigo, como é o caso da Thayná Moraes, estudante de Publicidade e Propaganda “A preocupação do meu pai em relação ao jogo, foi mais com assaltos, afinal tinha acabado de ganhar meu aparelho!”. Pensando nisso, Thayná teve uma ideia para conseguir convencer o pai e poder jogar sem preocupações. “Eu comecei a perceber, que quando estavam lendo dava pra disfarçar um celular ali, no livro. Então no dia do lançamento, de madrugada, eu peguei um livro bem antigo que tinha em casa e cortei um quadrado no meio dele e ali eu encaixo meu celular”. Desse jeito, Thayná consegue fingir que está lendo um livro, enquanto aumenta a sua coleção de pokemons.

Desde o lançamento, o jogo vem causando diferentes reações e opiniões entre as pessoas. Segundo a psicóloga Luana Thibes a vantagem do aplicativo é levar as pessoas para os parques e praças das cidades, fazendo com o que o convívio social seja maior. Mas em contrapartida a alienação acaba fazendo parte de algumas rotinas de jogos, “As pessoas ficam à mercê do celular e diminui a concentração e aumenta a ansiedade” explica a psicóloga, explica.

Outra grande preocupação é que o aplicativo necessita da localização da pessoa via GPS, fazendo com que o medo em relação à segurança aumente. O professor e pesquisador, Fernando Cesarotti, explica que por trás do jogo há uma corporação muito forte no mercado, “Se você quiser caçar um Pikachu, a Niantic vai traçar um lugar pra esse Pikachu estar”. Segundo Cesarotti, a definição de lugares estratégicos para colocar os pokemons, é feita a partir da empresa que pagar a maior quantia em dinheiro para atrair a maior quantidade de pessoas que irão potencialmente consumir os produtos daquela empresa. “Você paga o jogo com os seus dados e com a sua privacidade” alerta.

Natália Mayumi, estudante de moda, encontrou em meio à crise e o lançamento do jogo, uma alternativa para ganhar dinheiro. Ela produz pequenos porta-moedas em forma de pokebola. “Eu era fã desde antes do lançamento do jogo, porque meus primos jogavam tanto o vídeo-game quanto os cardgames, então eu sempre convivi com isso e acabei gostando” conta a estudante, enquanto costura à mão, as pequenas pokebolas.

Para jogar sem preocupações, é preciso estar atento o tempo todo e aproveitar as oportunidades que o game proporciona, tanto para fazer amigos como para conhecer lugares novos.

É possível acabar com a celulite?

Mais de 90% das mulheres tem celulite e se sentem inseguras com seus corpos.

A celulite é uma alteração de pele e é considerada um dos piores pesadelos, pois acomete 95% das mulheres após a puberdade e deixa o corpo com uma aparência similar à casca de uma laranja ou um “estofado com botões”. A celulite é raramente observada em homens. As áreas do corpo mais comumente envolvidas pela celulite são a região glútea e coxas, e raramente na parte inferior do abdômen e braços de mulheres saudáveis. É nítido que estar acima do peso ajuda a celulite a ficar mais evidente, mas existem pessoas, como modelos, que são muito magras que seguem dietas e estilos de vida saudável mas mesmo assim têm celulite.

Segundo a dermatologista Dra Lilian Braga a celulite não tem cura. “Podemos melhora-la. Para isso devemos atuar na maior parte dos fatores causais. Praticar exercícios físicos, ter uma alimentação mais saudável e drenagem linfática ajuda bastante, mas podemos apostar em tratamentos mais específicos, com aparelhos de radio frequência de alta potência, infra vermelho e ultra som”. Explica.

Esses tratamentos são direcionados para melhora da circulação, por meio de massagens e uso de produtos herbais ou para a melhora do tecido conjuntivo. O arsenal de tratamentos direcionados para celulite inclui também a atenuação de fatores agravantes, como perda de peso e a prática de exercícios físicos (cardiovascular e de resistência). A perda de peso tem efeito variável na gravidade da celulite e depende do grau clínico. Por outro lado, com a perda de peso, pode ocorrer “frouxidão” da pele e isto pode piorar suas ondulações.
Por isso, antes de começar algum tratamento, é necessário passar por uma avaliação com um dermatologista para avaliar o grau clínico da sua “inimiga”, para se desfazer dela de uma vez por todas.

O Problema do Transtorno dismórfico corporal e a busca obsessiva por cirurgias plásticas

Pessoas que veem seu próprio corpo de forma distorcida podem colocar a vida em risco. Esse problema é chamado de dismorfofobia ou transtorno dismórfico corporal ( TDC ).

Para algumas pessoas, olhar-se no espelho é quase uma tortura. Mais do que estarem insatisfeitas com a própria imagem, elas se percebem de uma maneira equivocada e tendem a não gostar da própria figura, procurando soluções em cirurgias plásticas e tratamentos estéticos para mudar o que as incomoda. Esse vício da beleza, todavia esconde uma doença psiquiátrica séria.

O TDC é um diagnóstico psiquiátrico que caracteriza o indivíduo com uma intensa preocupação quanto a um defeito imaginário ou mínimo em sua aparência levando a significativo incômodo em seu dia-a-dia. O transtorno requer a existência tanto de pensamentos obsessivos a respeito de supostos defeitos, quanto comportamentos compulsivos que se desenvolvem em resposta a esses pensamentos. O TDC geralmente começa na adolescência e afeta cerca de 1,7% para 2,4% de homens e mulheres de forma aproximadamente igual.

A dismorfofobia corporal tem “vítimas” famosas, como por exemplo, o cantor Michael Jackson.  O paciente se sente angustiado com a aparência e mesmo sabendo de todos os riscos e limites, vai em busca um médico que lhe opere para mudar o que, pra ele, está errado.

Geralmente, o rosto é a região que mais incomoda as pessoas que sofrem de dismorfofobia. Muitos pacientes apresentam uma enorme preocupação com o formato do nariz, boca e até com os cabelos. Os procedimentos cirúrgicos mais procurados entre esses pacientes são a rinoplastia, lipoaspiração e os implantes de próteses mamárias.

A psicoterapia quando empregada na dismorfofobia é bastante trabalhosa. E, o uso de antidepressivos é necessário, pois tratam-se de pacientes que sofrem de angústia. Esse tratamento psicoterápico normalmente é realizado por meio de terapia cognitiva-comportamental, baseado na psicologia. Os dois tratamentos realizados juntos produzem um resultado bastante satisfatório, pois ajudam a aumentar a autoconfiança do paciente, fazendo com que ele tenha uma vida mais tranquila e sem sofrimentos.

Nos casos mais leves, geralmente o apoio das pessoas queridas é o suficiente para fazer o paciente recuperar a autoconfiança em si mesmo.

Segundo o Dr Eduardo Braga, diretor técnico do Instituto Braga e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a maioria dos pacientes com o transtorno procuram consultórios de cirurgia plástica para realizar transformações no corpo.

“O diagnóstico não fácil de ser realizado e as pessoa que sofrem deste transtorno dificilmente aceita que tem o problema, tornando o tratamento difícil de ser ministrado” explica o Cirurgião.

Quando existe uma alteração verdadeiramente real na aparência que incomoda o individuo, a cirurgia estética, sozinha ou associada ao tratamento psicológico é uma excelente opção para ajudar a reduzir ou eliminar completamente algumas manifestações associadas a dismorfofobia.

A maioria dos pacientes que foram tratados com cirurgias estéticas ficaram satisfeitos não só com o resultado da cirurgia plástica, mas também com sua nova aparência, como também aumentaram de maneira significativa a sua autoestima e melhoraram a forma de se relacionar com as outras pessoas.

O impacto do salário mínimo na sociedade

Criado no século XIX na Austrália e na Nova Zelândia, o salário mínimo é o menor salário previsto para uma empresa pagar a um funcionário. O cálculo é feito com base no valor mínimo que uma pessoa gasta com suas necessidades básicas, por ano.

O salário mínimo no Brasil, foi instituído na década de 30, mais precisamente em 1936, pelo presidente Getúlio Vargas. Nessa época, existiam 14 salários mínimos diferentes e a mudança de valores era vista nas diversas regiões do país. Mas foi só a partir de 1994, com o lançamento do Plano Real, que o salário mínimo começou a se reajustar anualmente, tentando acompanhar a alta dos preços e permitindo a população um aumento acima da inflação, fazendo com que o cidadão ainda possua poder de compra.

No Brasil, o primeiro salário mínimo, no Plano Real, foi de R$64,79, hoje o mesmo se encontra em R$880,00. Segundo o Economista Bruno Teller, esse aumento pode ser avaliado de forma negativa, pois com o crescimento da inflação e o reajuste tardio, o poder de compra acaba sendo limitado e prejudicado. “De 1995 até 2016 o salário mínimo variou 780%, se nós formos avaliar em um calculo percentual, é considerável. Já do outro lado, nós temos a questão da inflação que variou aproximadamente 4000%. Por esses números, nós podemos ver que o poder de compra de um consumidor brasileiro, sofre um grande atraso e com isso as pessoas passam a ter mais necessidades e é um ruim pra economia do país”. Explica o Economista.

Na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo, os servidores públicos entraram em greve no mês de março, para reivindicar o reajuste salarial de 6% que foi apresentado pela prefeitura. Segundo o Presidente do Sindicato dos servidores públicos Salatiel Hergesel, é uma ofensa ao trabalhador que compromete 12 horas da sua vida diariamente receber um salário mínimo de R$880,00. “O servidor público já vem sofrendo vários cortes de benefícios, que fez com que a greve tenha tomado o peso e corpo que ela teve”. Explica Salatiel. “Em relação ao salário mínimo, um estudo do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) fez o cálculo de qual seria o salário mínimo necessário para que um cidadão pudesse sobreviver e esse valor  hoje é de R$3795,24 e está publicado no site do DIEESE. Então no meu entendimento, o salário mínimo não poderia ser menor do que esse valor”. Conclui Salatiel.

Como o reajuste salarial é feito anualmente, essa mudança acaba interferindo na economia das cidades e paralisa diversos setores. Segundo o Vereador  Carlos Leite da cidade de Sorocaba, o aumento percentual desse ano foi significativo. “Todo assalariado que recebe esse valor, será transferido a economia local”. Afirma o Vereador Carlos Leite.

Mas por fim, a opinião de quem sobrevive de um salário mínimo é a que realmente importa. “Temos que fazer milagre! Um aluguel hoje é em média R$600,00 sem contar as despesas adicionais. É bem dificil”. Nathalia Verderi é ouvinte do programa Guia de Bolso e nos procurou para expor sua indignação sobre o valor do salário mínimo e as dificuldades enfrentadas para conseguir se manter economicamente com essa renda.